Posts tagged ‘exposição’

25/10/2012

bienal de arte ♥ sp

ontem fui visitar a trigésima edição da bienal de arte de são paulo e confesso que fiquei um pouco desapontada. principalmente porque os trabalhos que mais me agradaram foram os mais antropológicos e antigos (período entre guerras e década de 1970), que estão expostos  em uma área bastante catalográfica – parece que houve uma tentativa de montar um “arquivo de obras” nessa edição. o que mais me chateou mesmo é que a área de arte multimídia e/ou interativa foi totalmente desconsiderada. não há obra alguma dessa área. paciência.

para o blog, selecionei três dos artistas que mais me agradaram. houveram outros, que irei fotografar em uma próxima visita. =)

o primeiro – e o que mais me agradou – é August Sander (1876 – 1964), com a obra “People of the 20th Century”, onde ele registrou, em mais de seiscentas fotografias, retratos da sociedade alemã do período entre guerras.

“​Ao fotografar indivíduos de diversas esferas sociais – desde a vida camponesa oitocentista até a sociedade capitalista –, August Sander criou um catálogo tipológico do povo alemão com mais de seiscentas imagens, que constituem sua mais importante obra: People of the 20th Century[Pessoas do século 20]. Transcendendo a noção de registro e revelando um país em mutação, o trabalho do artista evidenciou estruturas hierárquicas e criou um retrato enciclopédico e sistemático da sociedade de sua época.

 

o segundo artista é Bas Jan Ader (1942 – 1975), com sua obra “Thoughts Unsaid, Then Forgotten” (1973).

“​​Em tom ora dramático ora cômico e desprovidas de contexto narrativo, as performances de Bas Jan Ader evidenciam a noção de vulnerabilidade. Simples, misteriosas e implacáveis, as experiências às quais o artista se entrega parecem indagar o sentido da vida e da existência humanas. As circunstâncias de sua morte – desaparecido no Oceano Atlântico ao tentar atravessá-lo com um veleiro para realizar In Search of the Miraculous [Em busca do milagroso] – contribuíram para a mística em torno dele, como um artista que levou às últimas consequências as indagações sobre o significado e a perenidade da vida.”

o terceiro é último escolhido é a artista Nydia Negromonte (1965 – ), cuja obra eu já tinha visto e experimentado em Belo Horizonte, no Museu de Arte da Pampulha, em junho.

​Construindo sua poética a partir de diversos meios – desenho, escultura, instalação, fotografia, vídeo e intervenções in situ –, Nydia Negromonte propõe questionamentos sobre a força do objeto e os limites da linguagem artística. Utilizando amplo repertório plástico, a artista desmonta expectativas imediatas de entendimento de um projeto artístico e faz dos espaços intersticiais do ambiente de instauração de sua obra uma plataforma para indagações existenciais sobre a instabilidade da substância que constitui os corpos físicos e sobre a relação do humano com os espaços em que circunstancialmente habita.

 

31/08/2012

tecnofagias ◘ instituto tomie ohtake

seguem fotos que eu tirei de alguns dos trabalhos em exposição na mostra 3M de Arte Digital “Tecnofagias, no Instituto Tomie Ohtake. minha sincera opinião? mais do mesmo. de qualquer forma, acredito que vale a visita.

o que mais chamou minha atenção, ironicamente pela falta de interatividade, foi a série de textos que acompanhavam a obra “País interior“, do grupo Cia de Foto. os textos são, na realidade, hipertextos: remixagens feitas com textos de diversas fontes –  trechos do roteiro de “Terra em Transe” (filme de Glauber Rocha), Icônica, Rancière, Deleuze e Benjamin. fotografei três deles, que estão postados aqui também.

Random Gambièrre Machine
Coletivo Gambiologia
híbrido de instalação e máquina

X.Y.Z., 2011
Raquel Kogan
instalação sonora

País interior, 2012
Cia de Foto
série de refotografias do filme Terra em Transe

Jukebox, 2011
Lea Van Steen
instalação

I.E.D. (Improvised Explosive Device), 2008 
Gisella Motta e Leonardo Lima
vídeo